Duque de Bragança e chefe da Casa Real portuguesa sobre preocupações com a dependência do País Porque é que não se pode dizer, à maneira do 1º de Dezembro, “Nós somos livres e o nosso rei é livre”? Devido à irresponsabilidade de alguns governantes da República, a nossa política depende da vontade de estranjeiros. E, ao contrário de democracias evoluídas do norte da Europa, a Constituição garante “a forma republicana de governo” quando o que devia ser inalterável era a democracia. Que pensa da ideia “refundação do Estado”? Gostaria que se fizessem reformas profundas nas instituições, na burocracia, para melhor relação entre governantes e governados; que os deputados fossem eleitos por votação uninominal e representassem cada um a sua região. A democracia portuguesa é imatura, há muitas injustiças, pessoas com enormes previlégios e muitas outras vivem abandonadas. Como analisa os aumentos de impostos? São contraproducentes porque estão a matar a competitividade das grandes empresas e a provocar grandes dramas nas famílias que já não os suportam. Como vê o futuro? Está comprometido. Uma das razões é a baixa natalidade. O Estado subsidia o “aborto a pedido”. Nos últimos cinco anos fez mais de 90 mil vítimas legais. João Vaz |
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